sexta-feira, 15 de março de 2013

Ato de fé



Por Marcio Michel

E o mar se abriu em uma cena surreal, enormes paredes de água salgada formaram um caminho reto entre as margens do Mar Vermelho. De um lado a vida escrava e cruel junto aos egípcios, na outra margem, uma vida de liberdade e abundância na terra prometida, no meio, um ato de fé capaz de mudar toda a história da humanidade.
 Moisés foi um homem de carne e osso, mas de uma fé de ferro. Ele foi igual a nós em forma e fraqueza, mas foi ungido e escolhido não pela forma que falava, mas pela forma que vivia. Moisés liderou um povo arredio e murmurador pelas areias escaldantes do deserto. Ele viveu em nome do Senhor dos Exércitos, comeu o maná dos céus, dedicou sua vida a obra de Deus Pai, e morreu sem entrar na terra prometida. Que homem de fé foi Moisés! Não é atoa que foi ele o escolhido para realizar o ato que mudaria a história da humanidade para sempre: Ele levantou seu cajado, e o Mar Vermelho se abriu ao meio.
 Quantas vezes não nos deparamos com um Mar Vermelho? De um lado, a vida escrava de vícios e comodidades, de outro, a promessa de liberdade e abundância… E entre tudo isso, um mar de incertezas. 
Deus dentro de sua grandiosidade e benevolência poderia ter aberto o mar de qualquer forma, ele é Deus, ele tudo pode. Mas ele esperou pelo ato de fé de Moisés. Ele aguardou a confirmação de sua confiança, e em frente a milhares de Hebreus, Moisés ergueu o seu cajado como um símbolo de fé: Sou Teu servo, Te obedeço e aceito Tua vontade. 
E o mar se abriu. A vida se abriu, como um grande sorriso de boas vindas, como uma criança que sorri com bochechas rosadas por um presente, ou como o sol quente que rasga a serração da manhã e aquece nosso corpo ou como o abraço apertado de quem se ama. 
A incerteza deu lugar à certeza, o horizonte se transformou, já não era mais o fim… E sim o começo, um novo começo que fora concebido por um ato simples, mas com uma fé tão grandiosa que fez Deus ordenar de seu trono de Glória a mudança do mundo. O impossível se fez possível pela misericórdia de Deus. 
Hoje, diferente daquele tempo, não usamos cajados, mas se nossa fé for igual a de Moisés e erguermos nossa voz e nossos corações, Deus estará pronto para romper as dúvidas de nossas vidas. Creia, e o mar se abrirá no meio, sua passagem será segura até a terra prometida. 
Pare de orar por um barco ou por um porto seguro. É chegada a hora de um mar aberto, sem dor ou incertezas. Os Hebreus pisaram em terra firme e santa, você também poderá viver essa experiência. Você também poderá viver um milagre. 
Tenha bom ânimo. Deus reconhece seus filhos não por seus discursos, mas por suas atitudes. Ore, Deus não te quer no deserto, é tua a terra prometida, mas você deverá atravessar o Mar Vermelho, então ore com seu coração, pois palavras não te salvarão mas sim, o levantar do teu cajado.  Creia, porque Deus crê em você.
 Que Nosso Senhor permita que estas palavras toquem o teu coração,
que a maré se acalme, e que haja terra seca e firme debaixo dos teus pés.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Inhaca de "crentes''

         “Geração de Davi? Geração de adoradores? Que nada... estamos na geração 'Fast Food Gospel'… Não querem mais o leite puro. Não querem mais o alimento sólido. Querem só um McLanche Feliz com um brinquedo!”. (Fernando Ortega)
        A geração de Davi e a de adoradores existem, porém, como disse o nosso Mestre, pelos frutos se conhece a árvore. E os frutos que vemos na Igreja hoje em dia, não são os encontrados em Davi, nem nos adoradores que Jesus disse à samaritana que Deus buscava. Confundimos resultados com frutos. Damos glória a Deus porque o IBGE aponta o crescimento da “igreja evangélica”, nos confundindo inchaço com crescimento. Esquecemos que esta multidão nem sempre é aceita por Cristo, que raros são os que tomaram Ele como o único e suficiente salvador de suas almas. Foi Ele mesmo quem proferiu um discurso tão duro que a multidão foi embora. Ficou só a minoria. Só doze ficaram, e um deles era o próprio capeta!!! (rsrs)
         Essa geração quer pôr Deus no canto da parede, cantando arrogantemente: “Restitui, eu quero de volta o que é meu”, como se tivesse direito a alguma coisa, senão condenação. Deus não é Senhor nesta geração, e sim servo. Ela não se contenta com a pura graça do Senhor. Quer mais, e mais, e mais... Quer reinar, ser cabeça a todo custo! “O melhor de Deus ainda está por vir”, esquecendo que Jesus Cristo, o Filho, o melhor que havia no céu ao lado do Pai, já veio. “Queremos mais, pois Jesus não é suficiente!” Que isso!?
Muitas “ovelhas” estão sendo guiada por “pastores” e outros títulos, por homens e mulheres que preferem os títulos e as ofertas, que para satisfazerem-se rebaixaram a Bíblia e seus preceitos imutáveis à quarta ou quinta posição em suas vidas e em suas doutrinas e profissões de fé. Pastores que não se dão conta que prestarão contas um dia ao Sumo Pastor…
        A geração Laodiceia. Geração da igreja rica, poderosa e diferenciada, mas cega, pobre, miserável e nua indo para o inferno. É a Igreja que ocupa a grade da programação das principais emissoras de TV, mas não usa esta programação para pregar o VERDADEIRO EVANGELHO (salvação). É a Igreja que avança triunfante no mercado fonográfico, mas que não canta para o louvor de Deus, e sim para enriquecer, usando MÚSICAS DE TRABALHO, e não músicas de evangelismo! É a Igreja que abraça o Ecumenismo (dialogo inter-religioso)… Igreja que é noiva do Cordeiro, mas amante do mundo ( leia Ezequiel 16 pra ver!).
       Deus espera uma geração que O adore pelo que Ele é, e não pelo que ele pode nos proporcionar. A geração que abraça a cruz para a morte. Uma igreja pobre financeiramente, mas riquíssima em poder, em comunhão, em fundamentalismo bíblico, observação das Escrituras e em defesa da sã doutrina, contrária aos lobos vorazes que estão invadindo e acabando com o rebanho. Uma igreja que olharia mais para Jesus, e menos para os homens. Que aceitaria mais as palavras da Escritura do que as supostas “revelações” humanas, sem base bíblica. Que teria mais prazer nas Escrituras do que nas novidades.
      Na boa... as vezes me sinto enojada com a geração de hoje. Acho que ela provoca ânsia de vômito no Senhor Jesus e em todo aquele que ama a Verdadeiramente o Evangelho puro e simples, que Ele e seus apóstolos pregaram e revolucionaram o mundo no Século I. Se Jesus chamava a geração em que viveu de “geração má e perversa”, de que ele deve estar chamando esta?? Bom... se eu, que sou pó e cinza me sento assim, como não deve sentir o Senhor que deu Sua vida pelo mundo?